20 de jun. de 2008

Carta de Alexandre Vargas à Governadora Yeda Crusius

Senhora Governadora Yeda Crusius:Sou um artista. Milhões de gaúchos desconhecem o mal que a senhora me tem feito. Não entendo que ameaça nós os artistas poderíamos constituir? A minha arte é o teatro e o teatro é por força de sua essencialidade uma arte efêmera. O seu tempo é gerado no ato da representação e, portanto, se esgotaria na duração de uma encenação. Mas ainda que tudo pareça se esgotar em duas ou mais horas, o movimento teatral traz em si a permanência dos tempos. Não é sem razão senhora governadora que o teatro é uma arte que se estende por mais de cinco mil anos, absoluta, presente, critica e contemporânea. Como cidadão faço do meu oficio um instrumento de participação política. Não por uma interposta razão divina, mas por uma vocação que foi sendo cultivada ao longo de 18 anos de prática de trabalho. Como artista faço a minha participação política dentro do meu oficio, ou seja, fora da filiação partidária. Com isso deixo claro que o palco é o meu espaço também político.
Leia a íntegra em OusARTE-Falos & Stercus

Um comentário:

Anônimo disse...

Cássio,

Um governo cujo principal valor resume-se a números, taxas, estatísticas e formas de mensuração meramente matemática de uma infinidade de fatores sociais jamais será capaz de valorizar o sensível e o subjetivo plural, pois precisa do maniqueísmo e do aculturamento para manter-se no poder.

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