13 de fev. de 2007
Mas Germano Rigotto não tinha resolvido todos nossos problemas de Segurança Pública?
Dia destes, em mais um exercício de auto-imolação, assisti ao programa do Bibo Nunes, que invadia a antena de minha TV! Fiquei impressionado com a capacidade de racioççínio do âncora e dos presentes ao programa. Concluíram o óbvio e o impossível de que não acontecesse: a segurança pública está uma tragédia onde, 80% dos participantes do programa tiveram familiares ou eles próprios, vítimas de assaltos, furtos, etc. Não houve quem discordasse de que estamos no pior momento da FALTA DE SEGURANÇA. Ou eu sou uma anta ou eles o são. Até o final de 2006, Rigotto e seu fiel escudeiro Otávio Germano (o Louco por Chocolate) nos contavam a lorota que haviam resolvido os problemas na área da segurança, e que tudo não passava de intriga da oposição e de uma sensação de falta de segurança. Sensação? Que mata? Que fere? Que agride? Qual será a sensação de levar um tiro em um assalto e estar morto? Estar morto seria uma sensação? Nada como o passar dos segundos para a população perceber que, mais uma vez foi engambelada!
Mas há uma hipocrisia nisto tudo; o problema é que a falta de segurança, que esses jornalecos sul-mampitubenses esconderam nos últimos quatro anos, está atingindo neste momento as classes A e B. As “pessoas de bem”, “gente ‘finíssima”, a fina flor da elite gaúcha que estão sendo afetada diretamente; como por exemplo, o furto do carro da Governadora, do carro do Subcomandante da Brigada, e o assalto ao próprio Vice-Governador ( também chamado de bolicheiro falido – Boa noite pro porco ). Enquanto isso cidadãos comuns, trabalhadores e trabalhadoras que estavam sendo vítima de violência, tuuuuuuuuuuuuuuuudo bem! Também, tudo bem se essa violência estiver represada nas vilas. É o preço. Não tem segurança para todos e , pelo visto, muito menos agora com as novas propostas do Secretário Ênio Bacci: segurança particular com equipamentos e funcionários públicos. Mas era só o que faltava. Eta gentalha cara de pau!
As causas, não se discutem. E a injustiça social? As escolhas equivocadas feitas democraticamente pelos eleitores? Por acaso a mídia corporativa não seria também responsável pelo descalabro que nos encontramos hoje pela omissão de seus editorialistas? Até que ponto um jornal como Zero Hora (o jornal que atribui sua nota no próprio nome, segundo o chargista Santiago) é um jornal isento e digno de mantermos sua assinatura? Que tipo de serviço presta à sociedade?
Espero que “esse novo jeito de governar” (ou de baixar o cacete – como bem descrito no Boa noite pro porco) não nos leve a cenários dantescos como os ocorridos em São Paulo e Rio de Janeiro; mas há um forte esforço neste sentido, quando o Correio do Povo mostra uma foto de dois supostos marginais carregados pelos cabelos por um policial. Irresponsabilidade do policial (despreparado) e do jornal.
Estão tentando construir uma imagem de uma segurança que não existe pois, por enquanto, estamos nas mãos de nosso anjo da guarda, se é que até ele não nos abandonou!
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