30 de set. de 2008

A "mão invisível do mercado" é cleptomaníaca!

Eugênio Neves

Os bancos Morgan, Stanley Goldman e outros tantos que opinavam sistematicamente sobre o risco Brasil durante décadas, estão quebrados ou em vias de quebrar.
Que credibilidade eles tem para condenar o quintal alheio, países em desenvolvimento, enquanto o seu próprio quintal estava em ruínas? Ou seria um joguinho de cartas marcadas para privilegiar investimentos em bancos de seu interesse e que se submetem aos seus “regulamentos”?

Onde andava o “deus mercado” e a iniciativa privada, defensores do estado mínimo, sempre tão “eficientes” na a solução de problemas financeiros, que não detectaram esta esculhambação toda?

Enquanto o mercado financeiro tiver mais valor e poder do que a força do trabalho, teremos crises deste tipo. Liberalismo econômico, onde se particulariza o lucro, mas os prejuízos são socializados. Um socialismo de prejuízos. Esta é a lógica do mercado.

Esta crise financeira do mercado-futuro, nos EUA, revela a fragilidade da economia mundial. Um cenário agravado por problemas ambientais decorrentes do consumo excessivo, da produção de alimentos, combustíveis e extração de matéria-prima. Hoje é impossível viver sem provocar qualquer tipo de impacto ambiental. Teremos que rever nossa atitude em relação à economia e ao meio ambiente, que estão cada vez mais inter relacionados.

Ou mudamos, ou o planeta tomará esta decisão por nós.

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